SLIDES FOTOS DE MATÉRIAS ACPRODARTE

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CONHEÇA A NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA INCLUINDO + 3 LETRAS(K,W,Y)NOVAMENTE EMPREGADAS

  Reforma Ortográfica O alfabeto tinha 23 letras e agora passa a ter 26, com a inclusão do K, W, Y .
O trema desaparece de todas as palavras, exceto de sobrenomes, como Müller. Palavras como frequente perde o trema (¨ - acento que ficava sobre a letra u).
Não se usará mais o HÍFEN:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada" .
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
"Pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição). "Péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo). "Pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo"). "Pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo). "Pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica).
ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"
ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"

Veja com maiores detalhes, no texto do professor Sérgio Nogueira que extrai da internet: 
Regra dos hiatos (abolida pela reforma ortográfica):
Todas as palavras terminadas em “oo(s)” e as formas verbais terminadas em “-eem” recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, lêem, vêem, relêem, prevêem. Agora ficam sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem.
Continua:
Eles têm e eles vêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos TER e VIR); Ele contém, detém, provém, intervém (terceira pessoa do singular do presente do indicativo dos verbos derivados de TER e VIR: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, convir); Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos derivados de TER e VIR).

Com ELE/ELA ELES/ELAS ELE/ELA ELES/ELAS, fica:
-ê -eem -em/-ém -êm, ou seja: crê, creem, tem, têm, dê, deem, vem, vêm, lê, leem, contém, contêm, vê, veem, provém, provêm.
Regra do “u” e do “i” (parcialmente abolida):
Entre o que não mudou, estão as vogais “i” e “u” que recebem acento agudo sempre que formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba ou com “s”. Exemplo: Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga-ú-cho, eu re-ú-no, ele re-ú-ne, eu sa-ú-do, eles sa-ú-dam;
I-ca-ra-í, eu ca-í, eu sa-í, eu tra-í, o pa-ís, tu ca-ís-te, nós ca-í-mos, eles ca-í-ram, eu ca-í-a, ba-í-a, ra-í-zes, ju-í-za, ju-í-zes, pre-ju-í-zo, fa-ís-ca, pro-í-bo, je-su-í-ta, dis-tri-bu-í-do, con-tri-bu-í-do, a-tra-í-do.
Atenção:
A vogal “i” tônica, antes de “NH”, não recebe acento agudo: rainha, bainha, tainha, ladainha, moinho.
Não há acento agudo quando formam ditongo e não hiato: gra-tui-to, for-tui-to, in-tui-to, cir-cui-to, mui-to, sai-a, bai-a, que eles cai-am, ele cai, ele sai, ele trai, os pais.
Não há acento agudo quando as vogais “i” e “u” não estão isoladas na sílaba: ca-iu, ca-ir-mos, sa-in-do, ra-iz, ju-iz, ru-im, pa-ul.

Perdem o acento agudo as palavras em que as vogais “i” e “u” formam hiato com um ditongo anterior. Veja como era e como fica:
Feiúra – feiura;
Baiúca – baiuca;
Bocaiúva – Bocaiuva.


Regra dos ditongos abertos “éu”, “éi” e “ói” (parcialmente abolida):
Antes acentuavam-se todas as palavras que apresentam ditongos abertos:
ÉU: céu, réu, chapéu, troféus
ÉI: papéis, pastéis, anéis, idéia, assembléia
ÓI: dói, herói, eu apóio, esferóide

Observações:
a) Não se acentuam os ditongos fechados:
EU: seu, ateu, judeu, europeu…
EI: lei, alheio, feia…
OI: boi, coisa, o apoio…

No Brasil, colmeia e centopeia são pronunciados com o timbre aberto. Perdem o acento agudo somente as palavras paroxítonas: ideia, epopeia, assembleia, jiboia, boia, eu apoio, ele apoia, esferoide, heroico. O acento agudo permanece nas palavras oxítonas: dói, mói, rói, herói, anéis, papéis, pastéis, céu, réu, troféu, chapéus.
Regra do acento diferencial (parcialmente abolida):
Exemplo de palavras que recebiam acento gráfico:
Ele pára (do verbo PARAR - só a 3ª. pessoa do singular do presente do indicativo);
Eu pélo, tu pélas e ele péla (do verbo PELAR);
O pêlo, os pêlos (substantivo = cabelo, penugem);
A pêra (substantivo = fruta – só no singular);
O pólo, os pólos (substantivos = jogo ou extremidade).

Agora ficam sem acento gráfico:
Ele para (do verbo PARAR - 3ª. pessoa do singular do presente do indicativo);
Eu pelo, tu pelas e ele pela (do verbo PELAR);
O pelo, os pelos (substantivo = cabelo, penugem);
A pera (substantivo = fruta);
O polo, os polos (substantivos = jogo ou extremidade).

Não houve modificação com PÔR (só o infinitivo do verbo): “Ele deve pôr em prática tudo que aprendeu”; POR (preposição): “Ele deve ir por este caminho”. PÔDE é a 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: “Ontem ele não pôde resolver o problema”; PODE é a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo: “Agora ele não pode sair”.
Podemos acentuar fôrma (“fôrma de pizza”), como orienta o dicionário Aurélio, a fim de diferenciar de forma (“forma física ideal”).
Acentuação gráfica
Posição da sílaba tônica:
Proparoxítona (sílaba tônica na antepenúltima): pálido;
Paroxítona (sílaba tônica na penúltima): palito;
Oxítona (sílaba tônica na última): paletó.

Uso dos acentos gráficos:
- Regras básicas (nada muda com a nova reforma ortográfica):
1ª) Proparoxítonas
TODAS recebem acento gráfico:
máximo, cálice, lâmpada, elétrico, estatística, ínterim, álcool, alcoólico…

Observações:
déficit (forma aportuguesada) ou deficit (forma latina = sem acento gráfico);
habitat; sub judice (formas latinas);
récorde (usual, mas sem registro nos dicionários e no Vocabulário Ortográfico da ABL) ou recorde (forma registrada).

2ª) Paroxítonas
Só recebem acento gráfico as terminadas em:
ã(s) – ímã, órfã, ímãs, órfãs;
ão(s) – órfão, bênção, órgãos, órfãos;
i(s) – táxi, júri, lápis, tênis;
us – vírus, bônus, ânus, Vênus;
um, uns – álbum, álbuns, fórum, fóruns;
ons – íons, prótons, nêutrons;
ps – bíceps, tríceps, fórceps;
R – éter, mártir, açúcar, júnior;
X – tórax, ônix, látex, Fênix;
N – hífen, pólen, próton, elétron;
L – túnel, móvel, nível, amável;
ditongos – secretária, área, cárie, séries, armário, prêmios, arbóreo, água, mágoa, tênue, mútuo, bilíngue, enxáguem, deságuam…

Observações:
Não recebem acento gráfico as paroxítonas terminadas em:
a(s) – bola, fora, rubrica, bodas, caldas;
e(s) – neve, aquele, cortes, dotes;
o(s) – solo, coco, sapato, atos, rolos;
em, ens – nuvem, item, hifens, ordens;
am – falam, estavam, venderam, cantam.

Palavras com dupla pronúncia (com ou sem acento gráfico)
Em negrito, está a forma preferencial:

Vejamos alguns exemplos que já aparecem nas mais recentes edições de nossos principais dicionários e no Vocabulário Ortográfico publicado pela Academia Brasileira de Letras.
ACROBATA ou ACRÓBATA
AUTÓPSIA ou AUTOPSIA
BIÓPSIA ou BIOPSIA
BIOTIPO ou BIÓTIPO
BOEMIA ou BOÊMIA
CATÉTER ou CATETER
CRISÂNTEMO ou CRISANTEMO
DUPLEX ou DÚPLEX
HIEROGLIFO ou HIERÓGLIFO
NECRÓPSIA ou NECROPSIA
ÔMEGA ou OMEGA
ORTOEPIA ou ORTOÉPIA
PROJÉTIL ou PROJETIL
TRIPLEX ou TRÍPLEX
XÉROX e XEROX

3ª) Oxítonas
– Só recebem acento gráfico as terminadas em:
a(s) – sofá, atrás, maracujá, babás, dirá, falarás, encaminhá-la, encontrá-lo-á;
e(s) – café, pontapés, você, buquê, português, obtê-lo, recebê-la-á;
o(s) – jiló, avô, avós, gigolô, compôs, paletó, após, dispô-lo;
em, ens – além, alguém, também, parabéns, vinténs, ele intervém, tu intervéns.

Observações:
Não recebem acento gráfico as oxítonas terminadas em:
i(s) – aqui, saci, Parati, anis, barris, adquiri-lo, impedi-la;
u(s) – bauru, urubu, Nova Iguaçu, Bangu, cajus, expus;
az, ez, oz – capaz, talvez, atroz;
or – condor, impor, compor;
im – ruim, assim, folhetim.

4ª) Monossílabas
– Só recebem acento gráfico as palavras tônicas (substantivos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, numerais) terminadas em:
a(s) – pá, gás, má, más, ele dá, há, tu vás, dá-lo, já, lá;
e(s) – fé, ré, pés, mês, que ele dê, ele vê, vê-los, tu lês, três;
o(s) – pó, dó, nó, nós, cós, vós, pôs, pô-lo.

Observações:
a) Não recebem acento gráfico os monossílabos tônicos terminados em:
i(s) – ti, si, bis, quis;
u(s) – tu, cru, nus, pus;
az, ez, oz – paz, fez, vez, noz, voz;
or – cor, for, dor;
em, ens – bem, sem, trens, ele tem, ele vem, tu tens, tu vens.

b) Não recebem acento gráfico os monossílabos átonos:
artigos definidos: o, a, os, as;
conjunções: e, mas, se, que;
preposições: a, de, por;
contrações: da, das, no, nos;
pronome relativo: que.

c) A palavra QUE recebe acento circunflexo, quando substantivada ou no fim de frase:
As crianças tinham um quê todo especial.
Procurava não sabia o quê.
Ele viajou por quê?

Palavras que só admitem uma pronúncia, mas deixam dúvidas.
(marcamos a sílaba tônica, para reforçar a pronúncia culta)

1. ACÓRDÃO (acordo judicial)
2. ACORDÃO (aumentativo de acordo)
3. AMBROSIA
4. ARGUI (ele = presente do indicativo)
5. ARGUI (eu = pretérito perfeito do indicativo)
6. CÁQUI (cor)
7. CAQUI (fruta)
8. CIRCUITO
9. CLITÓRIS
10. CLÍTORIS (pedra)
11. ESTRATÉGIA
12. FILANTROPO
13. FLUIDO (substantivo)
14. FLUÍDO (particípio do verbo FLUIR)
15. FORTUITO
16. GRATUITO
17. IBERO
18. ÍNTERIM
19. LÁTEX
20. MAQUINARIA
21. MAQUINÁRIO
22. MISTER (necessário)
23. MONÓLITO
24. NOBEL
25. OCEANIA
26. ÔNIX
27. RECORDE
28. RUBRICA

Uso do trema (totalmente abolido)
Como vimos acima, úsávamos o trema na vogal “u” (pronunciada e átona), antecedida de Q ou G e seguida de E ou I. O objetivo do trema era distinguir a vogal “u” muda (= não pronunciada) da vogal “u” pronunciada:
QUE = quente, questão, quesito; QÜE = freqüente, seqüestro, delinqüente;
QUI = quilo, adquirir, química; QÜI = tranqüilo, eqüino, iniqüidade;
GUE = guerra, sangue, larguemos; GÜE = agüentar, bilíngüe, enxagüemos;
GUI = guitarra, distinguir, seguinte; GÜI = lingüiça, pingüim, argüir.

Palavras que recebiam trema:
agüentar, argüir, argüição, averigüemos, apazigüemos, bilíngüe, cinqüenta, conseqüência, conseqüente, delinqüência, delinqüente, deságüe, enxágüe, freqüência, freqüente, lingüiça, pingüim, qüinquagésimo, qüinqüênio, qüinqüenal, sagüi, seqüência, seqüestro, tranqüilo.

Palavras que não recebiam trema:
adquirir, distinguir, distinguido, extinguido, extinguir, seguinte, por conseguinte, questão, questionar, questionário…

Agora ficam todas sem trema!
aguentar, arguir, arguição, averiguemos, apaziguemos, bilíngue, cinquenta, consequência, consequente, delinquência, delinquente, deságue, enxágue, frequência, frequente, linguiça, pinguim, quinquagésimo, quinquênio, quinquenal, sagui, sequência, sequestro, tranquilo; adquirir, distinguir, distinguido, extinguido, extinguir, seguinte, por conseguinte, questão, questionar, questionário.

Hífen
Nas formações com prefixos
(ANTE, ANTI, ARQUI, AUTO, CIRCUM, CO, CONTRA, ENTRE, EXTRA, HIPER, INFRA, INTER, INTRA, SEMI, SOBRE, SUB, SUPER, SUPRA, ULTRA…) e em formações com falsos prefixos (AERO, FOTO, MACRO, MAXI, MICRO, MINI, NEO, PAN, PROTO, PSEUDO, RETRO, TELE…), só se emprega o hífen nos seguintes casos:
a) Nas formações em que o segundo elemento começa por “H”: ante-histórico, anti-higiênico, anti-herói, anti-horário, auto-hipnose, circum-hospitalar, co-herdeiro, infra-hepático, inter-humano, hiper-hidratação, neo-hamburguês, pan-helênico, proto-história, semi-hospitalar, sobre-humano, sub-humano, super-homem, ultra-hiperbólico…
Observação: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos “DES-“ e “IN-“ e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial: desumano, desarmonia, desumidificar, inábil, inumano…
b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na MESMA VOGAL com que se inicia o segundo elemento: auto-observação, anti-imperialismo, anti-inflacionário, anti-inflamatório, arqui-inimigo, arqui-irmandade, contra-almirante, contra-ataque, infra-assinado, infra-axilar, intra-abdominal, proto-orgânico, re-eleger, semi-inconsciência, semi-interno, sobre-erguer, supra-anal, supra-auricular, ultra-aquecido, eletro-ótica, micro-onda, micro-ônibus…
Observações:
1ª) Nas formações com o prefixo “CO-“, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, cooperar, cooperação, coordenar.

2 ª) Nas formações com os prefixos “CIRCUM-“ e “PAN-“, quando o segundo elemento começa por “h”, vogal, “m” ou “n”, devemos usar o hífen: circum-hospitalar, circum-escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, pan-americano, pan-mágico, pan-negritude.
3ª) Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA, ULTRA, ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE, se o segundo elemento começa por “s” ou “r”, devemos dobrar as consoantes, em vez de usar o hífen:
Antes escrevia assim:
auto-retrato, auto-serviço, auto-suficiente, auto-sustentável, contra-reforma, contra-senso, infra-renal, infra-som, intra-racial, neo-romântico, neo-socialismo, pseudo-rainha, pseudo-representação, pseudo-sábio, semi-reta, semi-selvagem, supra-renal, supra-sumo, ultra-radical, ultra-romântico, ultra-som, ultra-sonografia, ante-republicano, ante-sala, anti-rábico, anti-racista, anti-radical, anti-semita, anti-social, arqui-rival, arqui-sacerdote, sobre-renal, sobre-roda, sobre-saia, sobre-salto…

Agora passa a ser escrito desse modo:
autorretrato, autosserviço, autossuficiente, autossustentável, contrarreforma, contrassenso, infrarrenal, infrassom, intrarracial, neorromântico, neossocialismo, pseudorrainha, pseudorrepresentação, pseudossábio, semirreta, semisselvagem, suprarrenal, suprassumo, ultrarradical, ultrarromântico, ultrassom, ultrassonografia, anterrepublicano, antessala, antirrábico, antirracista, antirradical, antissemita, antissocial, arquirrival, arquissacerdote, sobrerrenal, sobrerroda, sobressaia, sobressalto…

Com os prefixos terminados em vogal, se o segundo elemento começa por uma vogal diferente, devemos escrever sem hífen:
Antes
auto-adesivo, auto-análise, auto-idolatria, contra-espião, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-acadêmico, neo-irlandês, proto-evangelho, pseudo-artista, pseudo-edema, semi-aberto, semi-alfabetizado, semi-árido, semi-escravidão, semi-úmido, ultra-elevado, ultra-oceânico…

Agora
autoadesivo, autoanálise, autoidolatria, contraespião, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoacadêmico, neoirlandês, protoevangelho, pseudoartista, pseudoedema, semiaberto, semialfabetizado, semiárido, semiescravidão, semiúmido, ultraelevado, ultraoceânico…

Uso do hífen com prefixo
1ª) Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA e ULTRA, segundo o novo acordo ortográfico, só devemos usar hífen se a palavra seguinte começar por “h” ou vogal igual à vogal final do prefixo:
auto-hipnose, auto-observação; contra-almirante, contra-ataque; extra-hepático; infra-assinado, infra-hepático; intra-adnominal, intra-hepático; neo-hamburguês; proto-história, proto-orgânico; semi-inconsciência, semi-interno, supra-anal, supra-hepático; ultra-aquecido, ultra-hiperbólico.
Observação:
Com as demais letras, devemos escrever “tudo junto”, sem hífen (pela regra antiga, usávamos hífen quando a palavra seguinte começava por H, R , S e qualquer vogal):

1 ) autoadesivo, autoanálise, autobiografia, autoconfiança, autocontrole, autocrítica, autodestruição, autodidata, autoescola, autógrafo, autoidolatria, automedicação, automóvel, autopeça, autopiedade, autopromoção, autorretrato, autosserviço, autossuficiente, autossustentável, autoterapia;
2 ) contrabaixo, contraceptivo, contracheque, contradança, contradizer, contraespião, contrafilé, contragolpe, contraindicação, contramão, contraordem, contrapartida, contrapeso, contraponto, contraproposta, contraprova, contrarreforma, contrassenso, contraveneno;
3 ) extraconjugal, extracurricular, extraditar, extraescolar, extragramatical, extrajudicial, extraoficial, extrapartidário, extraterreno, extraterrestre, extratropical, extravascular.
4 ) infracitado, infraestrutura, inframaxilar, infraocular, infrarrenal, infrassom, infravermelho, infravioleta;
5 ) intracelular, intracraniano, intracutâneo, intragrupal, intralinguístico, intramolecular, intramuscular, intranasal, intranet, intraocular, intrarracial, intratextual, intrauterino, intravenoso, intrazonal;
6 ) neoacadêmico, neobarroco, neoclassicismo, neocolonialismo, neofascismo, neofriburguense, neoirlandês, neolatino, neoliberal, neologismo, neonatal, neonazista, neorromântico, neossocialismo, neozelandês;
7 ) protocolar, protoevangelho, protofonia, protagonista, protoneurônio, prototórax, protótipo, protozoário.
8 ) pseudoartista, pseudocientífico, pseudoedema, pseudofilosofia, pseudofratura, pseudomembrana, pseudoparalisia, pseudopneumonia, pseudópode, pseudoproblema, pseudorrainha, pseudorrepresentação, pseudossábio;
9 ) semiaberto, semialfabetizado, semiárido, semibreve, semicírculo, semiconsciência, semidestruído, semideus, semiescravidão, semifinal, semiletrado, seminu, semirreta, semisselvagem, semitangente, semitotal, semiúmido, semivogal;
10 ) supracitado, supramencionado, suprapartidário, suprarrenal, suprassumo, supravaginal;
11 ) ultracansado, ultraelevado, ultrafamoso, ultrafecundo, ultrajudicial, ultraliberal, ultramarino, ultranacionalismo, ultraoceânico, ultrapassagem, ultrarradical, ultrarromântico, ultrassensível, ultrassom, ultrassonografia, ultravírus.

2ª) Com os prefixos ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE, só devemos usar hífen se a palavra seguinte começar com “h” ou vogal igual à vogal final do prefixo (pela regra antiga, usávamos o hífen quando a palavra seguinte começava por H, R ou S):
1 ) antebraço, antecâmara, antecontrato, antediluviano, antegozar, ante-
histórico, antejulgar, antemão, anteontem, antepenúltimo, anteprojeto, anterrepublicano, antessala, antevéspera, antevisão;

2 ) antiabortivo, antiácido, antiaéreo, antialérgico, anticapitalista, anticlímax,
anticoncepcional, antidepressivo, antidesportivo, antiético, antifebril, antigripal, anti-hemorrágico, anti-herói, anti-horário, anti-imperialismo, anti-inflacionário, antimíssil, antiofídico, antioxidante, antipatriótico, antirrábico, antirradicalista, antissemita, antissocial, antiterrorismo, antitetânico, antivírus;

3 ) arquibancada, arquidiocese, arquiduque, arqui-hipérbole, arqui-
inimigo, arquimilionário, arquipélago, arquirrival, arquissacerdote;

4 ) sobreaviso, sobrebainha, sobrecapa, sobrecarga, sobrecomum,
sobrecoxa, sobre-erguer, sobre-humano, sobreloja, sobremesa, sobrenatural, sobrenome, sobrepasso, sobrerrenal, sobrerroda, sobressaia, sobressalto, sobretaxa, sobretudo, sobreviver, sobrevoo.

3ª) Com os prefixos HIPER, INTER e SUPER, só haverá hífen se a palavra seguinte começar por “h” ou “r” (essa regra não foi alterada):
1) hiperativo, hiperglicemia, hiper-hidratação, hiper-humano, hiperinflação, hipermercado, hipermiopia, hiperprodução, hiper-realismo, hiper-reativo, hipersensibilidade, hipertensão, hipertiroidismo, hipertrofia;
2) interação, interativo, intercâmbio, intercessão, interclubes, intercolegial, intercontinental, interdisciplinar, interescolar, interestadual, interface, inter-helênico, inter-humano, interlinguístico, interlocutor, intermunicipal, internacional, interocular, interplanetário, inter-racial, inter-regional, inter-relação, interseção, intertextualidade, intervocálico;
3) superaquecido, supercampeão, supercílio, superdosagem, superfaturado, super-habilidade, super-homem, superinvestidor, superleve, superlotado, supermercado, superpopulação, super-reativo, super-requintado, supersecreto, supersônico, supervalorizado, supervisionar.
4ª) Com o prefixo SUB, só haverá hífen se a palavra seguinte começar por “b” ou “r”:
subaquático, sub-base, subchefe, subclasse, subcomissão, subconjunto, subcutâneo, subdelegado, subdiretor, subdivisão, subeditor, subemprego, subentendido, subestimar, subfaturado, subgrupo, subitem, subjacente, subjugado, sublingual, sublocação, submundo, subnutrido, suboficial, subpovoado, subprefeito, sub-raça, sub-reino, sub-reitor, subseção, subsíndico, subsolo, subterrâneo, subtítulo, subtotal.
Segundo a regra antiga, se a palavra seguinte começasse pela letra “H”, deveríamos escrever sem hífen: subepático e subumano. As novas edições de nossos principais dicionários já registram as formas com hífen, como prefere o novo acordo ortográfico: sub-hepático e sub-humano.
5ª) Vejamos alguns casos em que não se usava o hífen. Deveríamos escrever sempre “tudo junto” (= sem hífen). Segundo o novo acordo ortográfico, devemos usar o hífen se o segundo elemento começar por “h” ou por vogal igual à vogal final do pseudoprefixo:
AERO – aeroespacial, aeronave, aeroporto;
AGRO – agroindustrial;
ANFI – anfiartrose, anfíbio, anfiteatro;
AUDIO – audiograma, audiometria, audiovisual;
BI(S) – bianual, bicampeão, bigamia, bisavô, bisneto;
BIO – biodegradável, biofísica, biorritmo;
CARDIO – cardiopatia, cardiopulmonar, cardiovascular;
CENTRO – centroavante, centromédio, centrossimetria;
DE(S) – desacerto, desarmonia, despercebido;
ELETRO – eletrocardiograma, eletrodoméstico, eletromagnetismo, eletrossiderurgia;
ESTEREO – estereofônico, estereofotografia, estereoquímico;
FOTO – fotogravura, fotomania, fotossíntese;
HIDRO – hidroavião, hidroelétrico;
MACRO – macroeconomia;
MAXI – maxidesvalorização;
MICRO – microcomputador, micro-onda, micro-ônibus, microrradiografia;
MINI – minidicionário, mini-hotel, minissaia, minirreforma;
MONO – monobloco, monossílabo;
MORFO – morfossintaxe, morfologia;
MOTO – motociclismo, motosserra;
MULTI – multicolorido, multissincronizado;
NEURO – neurocirurgião;
ONI – onipresente, onisciente;
ORTO – ortografia, ortopedia;
PARA – paramilitares, parapsicologia;
PLURI – plurianual;
PENTA – pentacampeão, pentassílabo;
PNEUMO – pneumotórax, pneumologia;
POLI – policromatismo, polissíndeto;
PSICO – psicolinguística, psicossocial;
QUADRI – quadrigêmeos;
RADIO – radioamador;
RE – re-erguer, re-eleger, rever, rerratificação;
RETRO – retroagir, retroprojetor;
SACRO – sacrossanto;
SOCIO – sociolinguístico, sociopolítico;
TELE – telecomunicações, tele-entrega, televendas, telessexo;
TERMO – termodinâmica, termoelétrica;
TETRA – tetracampeão, tetraplégico;
TRI – tridimensional, tricampeão;
UNI – unicelular;
ZOO – zootecnia, zoológico.


Prefixos sempre seguidos de hífen:
Além – além-mar, além-túmulo;
Aquém – aquém-fronteiras, aquém-mar;
Bem – bem-amado, bem-querer (exceções: bendizer, benquisto);
Ex (= anterior) – ex-senador, ex-esposa;
Grã – grã-duquesa, grã-fino;
Grão (= grande) – grão-duque, grão-mestre;
Pós (tônico) – pós-moderno, pós-meridiano, pós-cabralino;
Pré (tônico) – pré-nupcial, pré-estréia, pré-vestibular;
Pró (tônico) – pró-britânico, pró-governo;
Recém – recém-chegado, recém-nascido, recém-nomeado;
Sem – sem-número (= inúmeros), sem-terra, sem-teto, sem-vergonha;
Sota/soto – sota-piloto, soto-mestre;
Vice/vizo – vice-diretor, vizo-rei.

Observação:
Com o prefixo “CO-“, o uso do hífen era obrigatório: co-autor, co-fundador, co-seno, co-tangente…

Com o novo acordo ortográfico, o hífen só será obrigatório se o segundo elemento começar por “H” ou vogal igual: co-herdeiro, co-organização, coautor, cofundador, cosseno, cotangente.
Nas formações com o prefixo “CO-“, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, cooperar, cooperação, coordenar…
Devemos usar o hífen:
1) Para dividir sílabas: or-to-gra-fi-a, gra-má-ti-ca, ter-ra, per-do-o, ra-i-nha, trans-for-mar, tran-sa-ção, su-bli-me, sub-li-nhar, rit-mo…

2) Com pronomes enclíticos e mesoclíticos: encontrei-o, recebê-lo, reunimo-nos, encontraram-no, dar-lhe, tornar-se-á, realizar-se-ia…

3) Antes de sufixo -(GU)AÇU, -MIRIM, -MOR: capim-açu, araçá-guaçu, araçá-mirim, guarda-mor…
4) Em compostos em que o primeiro elemento é forma apocopada (BEL-, GRÃ-, GRÃO- …) ou verbal: bel-prazer, grã-fino, grão-duque, el-rei, arranha-céu, cata-vento, quebra-mola, para-lama, beija-flor…
5) Em nomes próprios compostos que se tornaram comuns: santo-antônio, dom-joão, gonçalo-alves…
6) Em nomes gentílicos: cabo-verdiano, porto-alegrense, espírito-santense, mato-grossense…
7) Em compostos em que o primeiro elemento é numeral: primeiro-ministro, primeira-dama, segunda-feira, terça-feira…
8) Em compostos homogêneos (dois adjetivos, dois verbos): técnico-científico, luso-brasileiro, azul-claro, quebra-quebra, corre-corre, zigue-zague…
9) Em compostos de dois substantivos em que o segundo faz papel de adjetivo: carro-bomba, bomba-relógio, laranja-lima, manga-rosa, tamanduá-bandeira, caminhão-pipa…
10) Em composto em que os elementos, com sua estrutura e acento, perdem a sua significação original e formam uma nova unidade semântica: copo-de-leite, pé-de-moleque, couve-flor, tenente-coronel, pé-frio, unha-de-fome…

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